LEXICON |
O livro Sonhos
Proibidos apresenta o harém como metáfora de uma sociedade (ver texto Xerazade, o Rei e as
Palavras).
Ver também o texto A
Guerra.
O texto Filosofia
da Idade Contemporânea aponta a filosofia de Hegel (e as reacções contra
ela) como uma das linhas fundamentais da filosofia
contemporânea.
Ver
ainda: O dossier Elogio da
angústia da revista magazine littéraire.
Uma (possível) introdução a Heidegger: Martin
Heidegger, de Heidegger en
castellano [um site com textos, fotos, comentários, bibliografia,
cronologia, links]
Sobre a sua concepção da hermenêutica,
ver o texto A
Hermenêutica.
![]() |
Ler ainda, na internet: Autonomía de la Obra de Arte en Martin Heidegger (em castelhano). |
HEISENBERG, Werner Karl (Vurzburgo,
5/12/1901-Munique, 1/2/1976)
Físico alemão,
Prémio Nobel da Física em 1932. Desenvolveu a mecânica
quântica, tendo postulado em 1927 o princípio de incerteza e, com W.
Pauli, formulou a teoria quântica dos campos.
Algumas das suas
obras: Festa. Adeus às Armas. Por quem os sinos
dobram. A quinta coluna. O velho e o mar.
"(...) casou quatro
vezes, invariavelmente apaixonado, o que faz dele mais um pinga-amor do que um
quebra-corações" (Isabel Margarida de Sousa in Revista do
Expresso nº 1395 de 24/7/99, que traz um pequeno dossier dedicado ao
centenário do nascimento do escritor). Desmi(s)tifcando uma certa imagem de
Hemingway, o texto de Isabel de Sousa cita Martha Gellhorn, a 3ª mulher de
Hemingway, "a única (...) que o confronta com as suas mais ocultas
fragilidades": "Era péssimo na cama. O sexo para ele era uma necessidade; era
como tomar vitaminas. Tomava-o todas as noites, mas nem sequer pensava no
prazer da mulher. Tinha de casar para ter relações sexuais. Estou convencida
de que só dormiu com cinco mulheres, as quatro com quem casou e uma outra que
conheço".
Quando soube da sua morte, García Márquez escreveu uma nota cujo título,
aparentemente, nega o facto de Hemingway se ter suicidado: Um Homem que morreu
de morte natural.
Ver também o texto A
Guerra.
A Hermenêutica desenvolveu-se no século
XX, com Gadamer (na
Alemanha) e Paul Ricoeur
(em França). Pode ler uma síntese desse desenvolvimento (com raízes na
interpretação dos textos bíbliocos) no texto A
Hermenêutica.
No texto Fernando Pessoa:
Poesia e Metafísica os heterónimos são explicados à luz da meditação
metafísica sobre o mistério do ser.
Hipótese pode designar
1) o que se afirma no
início de um discurso, a fim de o construir;
2) uma suposição verosímil,
que requer verificação;
3) um instrumento teórico de descoberta/pesquisa. O
método científico deduz hipóteses de um certo número de resultados, confirma
estas hipóteses por um protocolo lógico-experimental, antes de formular novas
hipóteses.
Na síntese do tema Ciência e
hipótese (do programa de Introdução à Filosofia, do ano lectivo 2001/02),
realça-se a importância da hipótese e coloca-se a questão do carácter
indutivo/dedutivo da ciência.
Num dos seus capítulos,
o livro A ciência
tal qual se faz analisa o tema Factos e
hipóteses.
O texto 25 de Abril, uma revolução? refere as causas por que o conceito de revolução perdeu adeptos entre os historiadores.
É um livro sobre as pessoas. O Zeldin procura semelhanças entre as atitudes e as emoções das pessoas, filtrando diferenças temporais (o Marco Polo poderia facilmente produzir um artigo para a National Geographic, e um camponês do seu tempo entender-se-ia perfeitamente com um camponês de algumas das nossas aldeias actuais).
Os capítulos são independentes, e todos começam com uma autobiografia. Regra geral, são biografias de mulheres; segundo o autor, as mulheres reflectirão melhor as vantagens e desvantagens de uma época, digamos que respondem mais fielmente ao que se passa em seu redor. Mas escolhe mulheres vulgares. O primeiro capítulo, por exemplo, começa com a autobiografia de uma mulher-a-dias em França! Uma criatura que passou a vida inteira a trabalhar, com um salário que não lhe permite perspectivar nenhuma mudança de vida. E esta autobiografia dá o mote para o tema principal do capítulo, a escravatura. Esta é vista numa perspectiva politicamente pouco correcta: percebe-se que haja pessoas com propensões dominadoras, mas custa admitir que haja pessoas com queda para serem escravas, não é?... Segundo o livro, entre o século 15 e o século 18 era possível ser-se escravo na Rússia... por opção: a fome era muita, e muitos preferiam ter alguém que se encarregasse da sua sobrevivência, a lutar por ela e arriscar não o conseguir... A maior parte dos funcionários públicos tem uma filosofia de vida semelhante: podem detestar o que fazem, inclusivamente achar que o seu trabalho é inútil ou contraprodutivo, mas mantêm-se numa situação que não lhes agrada (prescindem da liberdade de escolha) pelo salário (mesmo que parco) que lhes assegura a sobrevivência no fim do mês.
Mas há hoje uma noção de liberdade pura e dura muito enraizada na nossa cultura ocidental. É inconcebível saber que fulano é escravo (houve uma associação cristã que libertou 5000 escravos este Natal, no Sudão, comprados a 10 contos cada!), embora já pouco nos choque saber que morrem não-sei-quantos sem-abrigo por dia nesta nossa Europa. No livro se diz que a liberdade não se resume a uma questão de direitos impostos por lei. Por exemplo, o direito à liberdade de expressão deixa-nos com a necessidade de pensar e decidir o que dizer, de procurar quem de direito nos ouça, de tornar clara a expressão das nossas ideias... tudo qualidades que precisam ser adquiridas ou treinadas (o direito à educação...). Assim, a Declaração de Direitos Humanos fornece apenas alguns dos ingredientes que fazem a liberdade. Como diz o autor, a lei só diz que podemos tocar guitarra, não diz que vamos ter direito a uma, e muito menos que a saberemos tocar!
E de muito mais coisas se fala no livro. Como têm evoluído as regras da conversação? Quais as regras implicitas do diálogo na velha Atenas, nas cortes renascentistas, nos parlamentos actuais? Que razões dificultam a comunicação (há pessoas que se sentem sozinhas no mundo e, segundo o livro, esse sentimento está igualmente distribuído entre solteiros e casados...). Há quem se esforce por estabelecer pontes, mas lembra o Zeldin que o desejo de conversar não é suficiente para manter viva uma conversa. Há ainda pessoas com interesses múltiplos e necessidade de encontrar interlocutores próximos em várias frentes: assim se desenvolveu um novo tipo de relação entre uma mulher e um homem (intelectualmente iguais) que se sentem um só sem ser na sagrada união (e independentemente de aquela ser estabelecida noutra frente...). Enfim, o livro está cheio de coisas que se deveriam ensinar nas escolas. Como se interroga o autor, como é possível ensinar educação sexual sem falar na História da Paixão?
Uma...
curiosidade: relacionando-a assim com o ateísmo, a
obra é incluída numa lista com o título The 101-Book Atheism Library!
Manuela P. Fonseca, reconhecendo embora que "compilar uma lista de livros é
sempre um risco", acha essa inclusão "um exagero".
Ver também o texto A
Guerra.
||| | O texto Coração e razão, depois de "definir" o Homem como um ser racional, põe em questão essa "definição", utilizando um texto de Edgar Morin. |
||| | O texto Os critérios biológicos da presença da pessoa humana discute o problema de saber quando, na vida do feto, se inicia a vida do homem. |
||| | Em Um paradigma filosófico -- o método adversarial, Janice Moulton analisa os diferentes modos de se ligar o conceito de agressividade a ambos os sexos humanos, entendendo-a como positiva no caso dos homens. |
||| | As investigações exobiológicas contribuíram para reformular a concepção do Homem. |
||| | Ver também Direitos do Homem e Morte de Deus. |
Casais homossexuais - o(s) problema(s) da
paternidade.
![]() A solução encontrada -- a mãe biológica, Tracie Matthews, que doou os óvulos, e a mãe de aluguer -- impede que qualquer uma delas tenha direitos sobre a criança depois do seu nascimento. As duas "mães" serão madrinhas dos gémeos, um rapaz e uma rapariga que se chamarão, respectivamente, Aspen e Saffrron Drewitt-Barlow. Para realizar este seu sonho o casal pagou, até à data, cerca de 60 mil contos.
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Filósofo escocês, crítico do racionalismo (tal como o tinha entendido, por exemplo, Descartes) e notável representante do empirismo. O seu pensamento gira em torno
a) da crítica à metafísica:
quem nos garante que conhecemos efectivamente a ordem da Natureza, que
afirmamos conhecer? (temos a tendência para tomar a imagem que fazemos das
coisas pelas próprias coisas);
b) da crítica à causalidade:
normalmente a relação causa-efeito --
o fogo e o calor, por exemplo -- como uma ligação necessária; na verdade, o
pretenso conhecimento por inferência
causal não é senão suposição, crença -- a partir da observação, no passado, de
uma sucessão de factos (a sucessão fogo-calor, por ex.);
c) de uma
nova definição do conhecimento [ver texto Alguns
modelos explicativos do conhecimento]
O texto Filosofia
da Idade Contemporânea aponta a filosofia de Hegel (e as
reacções contra ela -- nomeadamente, a do existencialismo, que faz depender da
fenomenologia
de Husserl) como uma das linhas fundamentais da filosofia
contemporânea.
(*) Cirilo de Alexandria (376-444). Santo. S. Cirilo de Alexandria.
Qualquer "motor de
pesquisa" dará uma lista considerável de sítios com referências a Hypatia. Por
exemplo: Hypatia of
Alexandria -- uma parte da Hypatia Electronic Library.
Rel. com: FEMININO
(FILOSOFIA E) e MULHER(ES).
[Actualização a 03/02/06]]
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